Por que a Cloud Computing demora para alavancar?




Duas grandes realidades merecem uma atenção e um carinho quando forem estudadas e planejadas. A primeira Ã© que a internet das coisas vai dominar a rede em pouco tempo, seja em quantidade de acesso, como em banda trafegada e em segundo, que a Cloud Computing é o futuro da computação mundial.

Nesse post, vou concentrar minha visão em cima da Computação em Nuvem ou como o mercado assimilou, a Cloud Computing.

O que muitas pessoas não entenderam ainda, é que Cloud não é uma invenção tecnológica, mas seu conceito é construído em cima de tecnologias já provadas há muito tempo, como virtualização, software como serviço,  intensa disseminação da Internet, outsourcing de infraestrutura (até bancos fazem isso) e terceirização dos ambientes de desenvolvimento e testes.

Quando pensamos em Cloud, precisamos olhar todos os pontos, desde um consumidor que joga em uma rede focada para Play Station ou xBox, até mesmo um servidor de e-mails em um data center como TIVIT ou Terremark, rodando Cloud Exchange ou Smarter Mail.

Em uma matéria do IDGNOW, é citado pelo autor do post um ponto muito interessante, sendo em minha opinião a parte mais importante e conclusiva do texto, em que cita "he Innovator´s Dilemma" de Clayon M. Christensen. Achei interessante citar essa parte do post, pois a validade desse conteúdo não é aplicável somente dentro da TI, mas de qualquer área que fique reativa a mudanças.

O texto abaixo foi retirado da IDGNOW e chama muita a atenção para a inovação e a forma de inovar da área de TI.

“The Innovator’s Dilemma”, de Clayton M. Christensen. O livro aborda o fracasso de empresas ao se defrontarem com mudanças que causam disrupções nos seus mercados. Ele analisa empresas de sucesso que não conseguiram inovar na velocidade adequada e ficaram para trás. Cita diversas companhias de renome como Sears Roebuck, e na área de TI nomes outrora famosos como Digital, Data General, Wang e outras.

É uma grande verdade que a Cloud Computing ainda patina quanto aceitação mundial, mesmo sendo uma realidade já contemplada.

Eu tentei colocar de outra forma, mas o texto redigido por Cezar Taurion explica melhor do que poderia apresentar. Recomendo a leitura também do post da IDGNOW.


Princípio 1: As companhias dependem de clientes e investidores para gerar recursos. Ele observa que as empresas mais bem sucedidas em um paradigma criam mecanismos muito eficientes para abortar ideias que não agradam a seus clientes e investidores e, como resultado, tendem a não investir em tecnologias de disrupção, que geram oportunidades de lucros menores e que seus clientes não querem, pelo menos inicialmente. Quando eles passam a desejá-las, aí é tarde. Outras empresas já dominam o mercado destes produtos.

Princípio 2: Mercados pequenos não solucionam a necessidade de crescimento de grandes empresas. Tecnologias de disrupção possibilitam o surgimento de novos mercados, geralmente pequenos no seu início. As grandes corporações precisam de receitas gigantescas e não conseguem entrar em mercados que geram receitas menores. De maneira geral, sua estratégia é esperar até que estes mercados sejam grandes o suficiente para se tornarem atrativos.

Princípio 3: Mercados que não existem não podem ser analisados. Não existe pesquisa de mercado para eles. Empresas cujos processos de investimento demandam a quantificação dos tamanhos dos mercados e dos retornos financeiros, antes que possam entrar em um mercado, ficam paralisadas ou cometem sérios erros de avaliação ao se depararem com tecnologias de disrupção.

Princípio 4: As capacidades de uma organização definem suas incapacidades. O autor observa que as capacidades de uma organização concentram-se em dois fatores. O primeiro está em seus processos e o segundo nos valores da organização, critérios que os executivos e gestores utilizam quando tomam decisões sobre as prioridades. Mas um processo eficiente para um determinado tipo de produto pode ser muito ineficiente quando temos um produto baseado em uma tecnologia de disrupção. Além disso, os valores fazem com que as decisões priorizem projetos de desenvolvimento de produtos de alta margem, deixando em segundo plano os de baixa margem, como os que envolvem tecnologias inovadoras.

Princípio 5: A oferta da tecnologia pode não ser igual à demanda do mercado. Apesar de inicialmente poderem ser utilizadas apenas em mercados pequenos, tecnologias de disrupção produzem rupturas porque podem, posteriormente, ter desempenho plenamente competitivo dentro dos mercados habituais, em comparação com produtos já estabelecidos. O autor observa que o ritmo da evolução dos produtos frequentemente excede a taxa de melhoria do desempenho que os clientes habituais procuram ou podem absorver. Estes produtos apresentam excesso de desempenho. Assim, produtos que apresentam no início características de funcionalidade que estejam próximas das necessidades do mercado atual seguirão trajetórias de melhorias que os fará superar as necessidades dos mercados habituais no futuro, oferecendo desempenho altamente competitivo, substituindo os produtos pré-estabelecidos.

Eu arrisco em fazer um "apontamento" e direcionar ainda o assunto para a pirâmide de Maslow, que coloca as necessidades do ser humano em pauta.

O assunto é extenso, e gera o verdadeiro desafio. Como fazer com que a Cloud Computing alavanque pela confiança de quem toma as decisões da TI.

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