Como Preparar Minha Empresa Para A Nova LGPD?

 


Origem: Equipe CMNA Advogados

Depois de sofrer alterações no seu texto, tramitar durante muitos anos e gerar discussão, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira foi finalmente aprovada. Inicialmente prevista para entrar em vigor em agosto de 2020, foi recentemente adiada, e penalidades entram em vigor em agosto de 2021, através da Lei 14.010/2020 aprovada em 10 de junho de 2020, com a justificativa de evitar um impacto econômico ainda maior. 

O prazo extra, no entanto, não deve significar espera para as empresas: a chave é se adaptar agora à nova legislação.

Alterando processos desde já, empresas ganham tempo valioso para monitorar novos formatos e prever potenciais erros e problemas, e evitam penalidades no futuro. Mas como se preparar efetivamente para a nova LGPD?

Primeiro de tudo: designar um colaborador que será responsável por acompanhar as mudanças, adequações e garantir que o processo sempre flua seguindo a legislação. Essa pessoa será o ponto-chave e principal contato da empresa sobre a LPGD, compartilhamento e uso de dados de clientes e usuários. 

Depois, entender os dois grandes pilares da LGPD: o consentimento claro do usuário em compartilhar seus dados, e a possibilidade do mesmo ser revogado a qualquer momento. Isso exige que empresas tenham processos claros, assertivos e bem desenhados; que entendam o caminho que os dados fazem em seus sistemas, e estejam prontas para compartilhar toda informação obtida a qualquer momento.

Ou seja: processos devem ser mais intuitivos e lógicos do que nunca.

Terceiro, a empresa deve fazer auditorias independentemente da Autoridade Nacional de Proteção de Dados – ANPD, órgão regulador da LGPD. Assim, estará sempre pronta para as fiscalizações oficiais, conhecendo o processo, requerimentos e exigências que podem ser feitos. 

Desenvolver processos internos que façam sentido é também fundamental. A ideia não é transformar o sistema empresarial completamente, mas ser transparente e preservar a privacidade de seus usuários e clientes. Essa prática coloca empresas brasileiras no mesmo nível de credibilidade dos grandes parceiros internacionais, melhora a reputação e abre portas para mais negócios.

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